Produtividade, demanda e gasto com arrendamentos na orizicultura gaúcha
DOI:
https://doi.org/10.22167/2675-441X-20220574Palavras-chave:
custos de produção, produtividade agrícola, uso da terraResumo
O objetivo deste artigo é conciliar fatos aparentemente contraditórios em relação à orizicultura gaúcha: se, por um lado, os preços internos do arroz apresentam declínio significativo nas últimas décadas, por outro, os gastos com arrendamentos nas regiões produtoras de arroz irrigado no Rio Grande do Sul têm crescido substancialmente. Com o intuito de elucidar essa dicotomia, utilizou-se dados dos Censos Agropecuários de 2006 e de 2017 e da Pesquisa Agropecuária Municipal de 2006 a 2018, ambos produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para se avaliar a hipótese de que o crescimento heterogêneo da produtividade na cultura do arroz irrigado, nas regiões produtoras do Rio Grande do Sul, causou concentração da demanda por arrendamentos nas áreas de maior incremento de produtividade. Para tanto, realizou-se a análise econométrica, na qual a variação nos dispêndios com arrendamento foi utilizada como variável endógena, e as variações nas produtividades do arroz, do milho e da soja como variáveis explicativas. Também foram utilizadas variáveis de controle, com o intuito de isolar a influência das variáveis de interesse. Detectou-se impacto significativo do aumento da produtividade do arroz sobre o aumento dos dispêndios com
arrendamentos nas regiões orizícolas gaúchas, no entanto, tais impactos não foram significativos sobre o crescimento da produtividade da soja ou do milho.
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